terça-feira, 2 de junho de 2015

Acordo às 6. E quando consigo enxergar o mundo sob a luz de Pessoa... rezo. Oro. Mas, isso é quando? É pouco, é quase nada. Mar, sol, árvores. E o “quando” é um derivado de tempo, e há tempos deixei de guardar rebanhos...meus versos não são meus. Aliás, quisera eu escrever versos, como quem se cura de um mal ou cria um bem. Vivo, choro, como, durmo, amo, cheiro, vejo, mas não enxergo com os olhos de Pessoa. Pois penso, sou doente das vistas, por isso sofro e me sinto tão ridícula, tanto que emudeço na overdose da minha consciência. Sei do meu corpo.Vou e venho. Ouço o mundo com um zumbido tão alto que me atordoa o silêncio, mas se não quero ouví-lo, canto, ou deveria. Talvez se cantasse não o ouviria, nem me atordoaria. Sei das minhas unhas (já soube mais). Deixo-as, às vezes as lixo, ou apenas me lixo. Todo o universo de unhas, pêlos e cabelos me habitam. Sei dos meus pêlos, ai deles todos! Pedalo. Isso faço, sei e faço. Corro! Ás vezes ando. Tenho pressa, eu sei. Tenho urgência! Me fazer poeta talvez tenha sido a maneira que minh’alma encontrou de me livrar da loucura. Quisera eu enlouquecer de verdade, nunca consegui e sigo fadada à consciência de ser livre.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

eu dentro

Quero entrar dentro de você e ficar. Pura, de olhos fechados, em posição fetal. Em silêncio, sem tempo, pra sempre. Quero ser eu, dentro de você. Simplesmente.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Alma de Mar ( para Salim)

Meu coração é um mar de saudades Mas, munida de medo e coragem Me lanço no imenso azul, por hora, Pois, meu desejo é te amar de verdade. Quem poderia prever a tempestade? Esse mar e o mau tempo...e que tempo é esse, que parece loucura, sonho e realidade? Independente de qualquer coisa De certo é infinito. E independente de como for, maré alta ou maré baixa, eu vou! Sem bússolas convicções e segredos dantes Com você eu vou, na guerra ou na paz Ora pois, Arma de Mar é Amor... é sal e é doce , mas amarga se deixamos passar.

vira música

Eu não vou perder você pro tempo, Não quero ser mais uma. Eu não vou deixar você pro mundo, Pois quero ser só sua. Sou mais que uma condição, vou além desta estação, Sempre fui da contramão! Custei pra te encontrar e ainda que tenha sido num bar... sagrado lugar lá, onde fui eu lá, onde fomos nós lá, onde no fundo sempre estamos sós. Vem! Que um dia ainda caio no mundo, Um dia ainda viro música Giro o mundo viro música viro o mundo gira música Giro mundo... Mas só se for com você!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"Assim"

Estou hoje à beira de mim. Acordei assim. Numa altura de mais de 33 anos e descalça. Aqui venta. Às vezes o vento aumenta e me arrepia. Estou só. Ouço apenas vozes conhecidas ao longe, vindas, provavelmente, das janelas desta construção embaixo dos meus pés. Em cima, nada. Em volta, vejo apenas uma escada e seu fim. É, Estou à beira de mim. Quisera eu não estar. Mas, esta metáfora me invadiu, meu inconsciente gritou e eu acordei assim, à beira de mim.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

estive pensando num argumento interessante para estarmos juntos. um argumento que possa parecer intelectualmente convincente para que possamos nos encontrar. algo que seja assim tão criativo que ninguém ( vc nem eu), percebamos que na verdade qualquer coisa que eu pense ou diga será um mero pretexto para que possamos juntos estar!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O tempo escorre, Ninguém me chama, Só ele, Meu nome é Mãe! O tempo desliza, ninguém me chama, nem ele, meu nome não é Jhony!