terça-feira, 2 de junho de 2015
Acordo às 6. E quando consigo enxergar o mundo sob a luz de Pessoa... rezo. Oro. Mas, isso é quando? É pouco, é quase nada. Mar, sol, árvores. E o “quando” é um derivado de tempo, e há tempos deixei de guardar rebanhos...meus versos não são meus. Aliás, quisera eu escrever versos, como quem se cura de um mal ou cria um bem.
Vivo, choro, como, durmo, amo, cheiro, vejo, mas não enxergo com os olhos de Pessoa. Pois penso, sou doente das vistas, por isso sofro e me sinto tão ridícula, tanto que emudeço na overdose da minha consciência.
Sei do meu corpo.Vou e venho. Ouço o mundo com um zumbido tão alto que me atordoa o silêncio, mas se não quero ouví-lo, canto, ou deveria. Talvez se cantasse não o ouviria, nem me atordoaria.
Sei das minhas unhas (já soube mais). Deixo-as, às vezes as lixo, ou apenas me lixo. Todo o universo de unhas, pêlos e cabelos me habitam. Sei dos meus pêlos, ai deles todos!
Pedalo. Isso faço, sei e faço. Corro! Ás vezes ando. Tenho pressa, eu sei. Tenho urgência!
Me fazer poeta talvez tenha sido a maneira que minh’alma encontrou de me livrar da loucura. Quisera eu enlouquecer de verdade, nunca consegui e sigo fadada à consciência de ser livre.
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