Sou um impostor, um dia saberão que simulei tudo o que sempre fui.
Sou uma ficção, meu sangue ‘e só linguagem.
Meu sopro ‘e uma explosão que vem de dentro em forma de palavra.
Quando j’a não for mais, serei eu mesmo.
Enquanto tardo trapaceio contra o tempo
a maquina que vai me devorando
invento meus adventos e meus ventos
e vou passando como tudo passa em busca de uma graça
que ultrapasse o circulo da minha circunstancia
o espelho que não seja senão o outro
esse que me habita e que me espreita e,não sendo eu,
me acata os meus espantos.
Geraldo Carneiro
Um comentário:
Isso Patrícia,
Solte a Florbela Espanca que existe presa, amarrada, sufocada, oprimida, dentro de você...
Postar um comentário